No âmbito do projeto Acontece in loco – Montanha do Alto Minho, a ARDAL e a restante equipa técnica, organizaram, nos dias 15 e 16 de abril uma visita à Galiza, com o objetivo de envolver e motivar a comunidade de Sistelo e a equipa técnica do projeto.
Esta visita serviu para conhecer de perto o trabalho de produtores pecuários e gestores de áreas florestais comunitárias -montes em mão comum-, que em muito se assemelham aos nossos baldios.
A primeira paragem foi em Riós (Verín), onde se ficou a conhecer a quinta do José Luís, produtor de carne biológica de raças autóctones galegas, associado e dirigente da Verín Biocoop, uma cooperativa que integra vários sócios, com um trabalho muito interessante na valorização de raças autóctones de gado bovino, na produção biológica em extensivo, a na comercialização e venda direta ao consumidor.
De Verín foi-se até à Serra de Covas, passando por A Pobra de Trives e pela Estação de montanha de Manzaneda, para conhecer outra experiência de produção de vacas de raça vianesa, associada à Verín Biocoop, mas gerida de forma comunitária pela ‘comunidade de montes veciñais em mán común’ (CMVMC). Um exemplo de investimento coletivo, envolvendo 20 compartes, com 150 cabeças de gado em pastoreio livre na montanha, numa área de cerca de 500 hectares.
Ao cair da tarde o grupo partiu para Zobra, na Serra do Candán (Pontevedra), uma outra aldeia onde a comunidade local desenvolve iniciativas de valorização turística e de gestão comunitária dos montes.
O alojamento foi nas antigas casas de mineiros, reconstruidas pela própria comunidade para alojamento rural, e no dia seguinte fez-se uma bonita caminhada, partilhando com as pessoas da CMVMC de Zobra experiências, problemáticas locais e inquietações comuns em relação à atividade agro-pecuária, à gestão comunitária, ao turismo e ao desenvolvimento rural nestes territórios.
Esta visita foi organizada no âmbito do projeto Acontece in loco – Montanhas do alto Minho, financiado pelo PDR 2020.